10 Dicas para Resolver Problemas


Talvez essa seja apenas mais um lista com dicas para resolver problemas, mas pode ser que essas sejam justamente as dicas que você precisa. Ao invés de já sugerir atitudes práticas, que podem variar radicalmente a depender do tipo do problema, as dicas abaixo ajudam a guiar os processos mentais que levarão ao sucesso na resolução de qualquer situação.

10 dicas para resolver problemas

Image from https://www.digits.co.uk/

1. Não tente fazer os problemas “desaparecerem”

Há uma grande diferença entre resolver um problema e fazer o problema “sumir”, o que equivale a ignorar a existência da situação problemática ou, como se diz, “varrer a sujeira para debaixo do tapete”. Uma resolução de verdade vai lidar com as causas raízes do inconveniente e não vai causar ainda mais problemas como consequências da ação tomada.

É tentando fazer os problemas desaparecerem que muitas pessoas acabam criando novos problemas e/ou recorrendo a atividades destrutivas tanto para si próprias quanto para a sociedade em geral. Os vícios em álcool ou em drogas, o fanatismo político ou religioso e as práticas criminosas são alguns dos resultados alcançados por pessoas que tentam “resolver” problemas escapando da realidade e agindo de forma negligente e inescrupulosa.

2. Não deixe o problema piorar

É claro que nem sempre é possível atacar diretamente as causas raízes de um problema, mas quase sempre é possível fazer um controle de danos. Isso exige que as pessoas comecem a resolução lidando com alguns dos sintomas e estabelecendo uma estratégia faseada, lidando com os diferentes aspectos da situação no curto prazo, no médio prazo e no longo prazo.

Dificilmente a resolução de um problema será um “tiro rápido”, sendo mais comum que seja necessário um processo de resolução.

3. Não ignore a realidade

Outro erro clássico é ignorar a realidade da situação, tomando decisões com base em como você acha que a situação deveria estar ou em como você gostaria que ela estivesse. Isso também é comum quando as pessoas partem de pressupostos ao invés de conferir como a situação realmente está.

É como você querer resolver uma equação matemática ignorando uma das variáveis: você pode até chegar em algum resultado, mas ele definitivamente não será o resultado correto. Outro exemplo é sair para uma longa viagem de carro partindo do pressuposto de que está tudo ok com os pneus e a parte mecânica, ao invés realmente conferir a integridade desses itens.

4. Olhe para o problema sob diferentes pontos de vista

Também é importante entender o problema sob diferentes ópticas e levar em conta que talvez sejam necessárias múltiplas abordagens para se chegar ao resultado esperado. Esse tipo de análise também vai te ajudar a superar vieses cognitivos e outras formas de rigidez mental.

Em outras palavras, é necessário exercitar a nossa flexibilidade cognitiva, que é a nossa capacidade de “pensar fora da caixa” e enxergar soluções menos comuns e mais criativas para nossos problemas.

5. Conte com a ajuda (ou com o ponto de vista) de outras pessoas

Uma ótima forma de olhar os problemas sob outros ponto de vista e garantir que não estamos ignorando a realidade é levar em conta os pontos de vista de outras pessoas. Essa ajuda pode vir de diversas formas e com diferentes níveis de envolvimento, a depender do tipo de problema e do tipo de grupo (família, amigos, colegas de curso ou de trabalho, igreja, etc.) no qual a situação está inserida.

A depender do contexto, também é importante sabermos até que ponto as outras pessoas podem se envolver no problema que estamos tentando resolver. Deve-se evitar que um pedido de ajuda se transforme em uma transferência de responsabilidade, o que pode nos levar a esperar que as outras pessoas resolvam os nossos problemas.

6. Não fique satisfeito com a primeira solução pensada

Muitas pessoas têm a tendência de partir para a ação depois de pensar na primeira solução possível, o que, mais uma vez, pode levar ao surgimento de ainda mais problemas. É por isso que é sempre importante levar em conta diferentes pontos de vista e o contexto geral da situação, o que nos possibilita pensar em múltiplas abordagens e selecionar aquelas que fazem mais sentido.

Sendo assim, devemos exercitar a nossa inteligência emocional e evitar a tomada de atitudes com base em impulsos emocionais levianos e inconsequentes. Vale lembrar que nossas atitudes impulsivas geralmente são usadas contra nós, como nos casos dos golpes financeiros e das mentiras que se espalham pela Internet.

7. Não basta entender o problema

Por outro lado, há pessoas com a tendência de passar tanto tempo pensando, analisando e planejando que se esquecem de realmente tomar alguma atitude prática para resolver o problema. Entender que o problema existe e enxergá-lo sob múltiplos pontos de vista são os primeiros passos para a resolução, mas não são os únicos passos necessários.

Dessa forma, é preciso equilibrar a análise com a ação. Tanto o “agir sem pensar” quanto o “pensar sem agir” têm potencial para causar o surgimento de novos problemas sem necessariamente resolver o problema original. Isso nos lembra o conceito escandinavo de lagom, que pode ser resumido como a busca por equilíbrio e moderação em todos os aspectos da vida.

8. Leve em conta os custos, os riscos e os benefícios de cada solução

Uma vez que você já esteja seguindo as dicas anteriores, resta então selecionar qual a solução mais adequada para seu problema. É preciso levar em conta os custos, os riscos e os benefícios de cada solução, sempre utilizando uma visão realista da situação e dos resultados que você pretende obter.

Por exemplo, se você tem um problema de dinheiro, dificilmente a solução será jogar na loteria. Diante das chances ínfimas de tirar um prêmio significativo, esse é o tipo de “solução” que apenas piora o seu problema e o leva a ter expectativas irreais. Faz muito mais sentido traçar um plano realista levando em conta suas opções e suas limitações, de forma a lidar com os sintomas no curto prazo e com as causas raízes no longo prazo.

9. Se não tem uma solução, não é um problema

Também é bom lembrar que nem tudo o que estamos tentando resolver é necessariamente um “problema”. Há situações desagradáveis que não podem ser simplesmente “resolvidas”, pois não há atitudes práticas que possamos tomar para mudar a realidade com a qual estamos lidando.

Nesses casos, o que podemos fazer é recorrer a estratégias que nos ajudem a lidar com a tristeza e com as frustrações de formas saudáveis e sem causar problemas de verdade. Pode ser que a “solução” esteja em adotar práticas que nos ajudem a controlar a ansiedade e a aumentar a nossa sensação de felicidade. Dessa forma, ao invés de tentarmos controlar o mundo externo, fazemos um esforço para controlar os nossos “mundos internos”.

10. Aprenda com seus erros

Por fim, é importante estarmos sempre tentado evoluir, seja para sermos pessoas melhores ou para termos uma melhor capacidade de resolver nossos problemas. Dessa forma, mesmo quando as resoluções selecionadas falhem, nós temos a oportunidade de entender o motivo das falhas e evitar os mesmos erros ou as mesmas limitações nas próximas tentativas ou em outras situações.

No geral, não há fórmula mágica para resolver problemas, mas podemos aplicar as boas práticas acima como ponto de partida e adaptá-las para os diferentes contextos de nossas vidas pessoais e profissionais.

Siga ou compartilhe: