10 Dicas para desenvolver o seu Senso de Identidade


Pelos mais diversos motivos, muitas pessoas não possuem um forte senso de identidade. Muitas vezes, isso pode não ser percebido como um problema, mas as consequências dessa falta de identidade podem se tornar extremamente preocupantes conforme o tempo passa.

Confira abaixo 10 dicas que podem nos ajudar a refletir sobre quem somos e sobre quem podemos ser.

1. Reflita sobre seus pensamentos e suas ações

Por que você faz as coisas que você faz? Quais são as raízes e quais são as consequências do seu comportamento?

Essa dica inicial pode ser um pouco vaga, mas talvez ela seja a mais importante. A boa notícia é que as dicas a seguir vão ajudar justamente nesse processo de reflexão.

Mas só a reflexão não é suficiente. Além de entender os seus próprios motivos, você precisa ser capaz de questioná-los e de “recalcular a rota” no que diz respeito ao seu comportamento. É essa mudança de comportamento que viabiliza e que concretiza a sua evolução como ser humano.

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2. Não se limite a absorver (ou copiar) as personalidades dos outros

Quem você é quando não há ninguém te observando? Quem você é quando não há ninguém que você esteja tentando impressionar?

Quando você não possui uma identidade bem definida, é possível que você passe a adotar as identidades dos outros. Sem perceber, você passa a interpretar um personagem que reflete a pessoa que você acha que deveria ser ou como você gostaria de ser visto.

Você pode tanto estar copiando a personalidade de alguém que você conhece quanto copiando personalidades midiáticas (da TV, da Internet, etc.). A armadilha aqui é passar tanto tempo tentando projetar uma determinada imagem que você jamais vai se preocupar em construir um núcleo verdadeiro por trás dessa fachada. E, se essa fachada ruir, quem é a pessoa que irá aparecer?

3. Identifique o que você realmente gosta

Quais são as coisas que possuem um significado para você? O que você realmente precisa?

Quando você copia as personalidades dos outros, você também acaba copiando seus gostos. Ao invés de tentar conseguir o que você quer, você se dedica a tentar conseguir tudo aquilo o que você acha que deveria querer. Depois de um tempo, você sequer vai se lembrar ou desenvolver os próprios gostos, se limitando a conhecer apenas a realidade que você está tentando copiar.

4. Identifique quais são os seus valores e princípios pessoais

Qual mundo você está tentando construir? Qual a sua visão para o futuro da humanidade?

Às vezes, nós nos limitamos a absorver os pontos de vistas de outras pessoas porque elas parecem ter certeza do que estão falando ou porque nós queremos manter o equilíbrio entre amigos, família ou colegas de trabalho. Porém, ainda que seja importante aceitar e respeitar os pontos de vista dos outros, também é importante que você desenvolva os seus próprios pontos de vista e tenha os seus próprios argumentos.

Seguir as opiniões de outras pessoas pode ser conveniente, mas pode ter um alto custo quando você começa a arcar com as consequências de decisões que não foi você quem realmente tomou. Isso também é importante para que você possa conferir se as propostas ou opiniões que você apoia realmente terão os resultados que você gostaria de ver no mundo real.

5. Não tente controlar os comportamentos dos outros

O que você realmente está tentando controlar quando tenta controlar o comportamento alheio?

Quando o seu senso de identidade é demasiadamente fraco, isso pode se manifestar como um comportamento autoritário e controlador. Para se manter coerente sem ter que rever o próprio comportamento, você pode acabar caindo na armadilha de tentar controlar o mundo e as pessoas ao seu redor. Isso mostra que a identidade que você acredita ter é acima de tudo uma frágil ilusão, que pode ruir caso você seja questionado ou no caso de suas ações terem consequências indesejadas.

Lembre-se que existe uma única pessoa no mundo cujo comportamento você realmente pode e deve controlar: você mesmo.

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6. Estabeleça limites interpessoais e aprenda a dizer “não”

Você sempre faz o que as pessoas pedem para não desagradá-las?

Por outro lado, uma pessoa com um fraco senso de identidade também pode escolher a submissão e preferir ser controlada, aceitando tudo o que lhe for imposto. De forma consciente ou inconsciente, a pessoa se deixa manipular para não ter que tomar decisões e não ter que se responsabilizar pelas próprias ações.

Ao invés disso, você precisa estabelecer em qual ponto a outra pessoa termina e a sua personalidade começa. Essa é uma fronteira importante para que seja garantido que cada pessoa em sua vida (inclusive você mesmo) esteja agindo de acordo com suas responsabilidades, seus direitos e seus deveres.

7. Estabeleça limites para atividades escapistas

Quanto tempo você gasta pensando em sua trajetória de vida e no seu futuro?

Outra forma de evitar o desenvolvimento da própria identidade é quando você dedica mais tempo do que o ideal no entretenimento. Ao invés de incentivar a autorreflexão, livros, filmes, séries, mídias sociais e vídeo games em exagero podem acabar te mantendo em um constante estado de distração, sem permitir que você desenvolva pensamentos mais profundos.

Isso também pode ser um problema quando toda a sua personalidade gira ao redor de um determinado time de futebol, artista ou influencer, por exemplo. Não é que seja um problema ser fã de entidades esportivas e midiáticas, mas isso pode sair de controle quando ser membro de um fandom representa o início, o meio e o fim da sua identidade.

8. Estabeleça metas e objetivos pessoais

Onde você quer chegar? Quais experiências você gostaria de viver?

Trabalhar em prol dos objetivos de outras pessoas não é um problema, desde, é claro, que você também tenha seus próprios objetivos. Esses objetivos não precisam ser grandiosos e nem de alguma natureza específica (como financeira, profissional, educacional, esportiva, etc.), mas é importante que eles sejam significativos para você.

Além disso, os seus objetivos podem muito bem ser compatíveis (ainda que não necessariamente os mesmos) com os objetivos das pessoas ao seu redor. Você pode inclusive revisá-los para torná-los compatíveis, mas é preciso ter cuidado para que eles não sejam completamente alterados em prol dos objetivos dos outros.

9. Questione as suas próprias crenças e suposições

Quais fatos ou dados estatísticos embasam as suas ideias e opiniões? Eles ainda são válidos?

Durante a nossa infância e adolescência, nós aprendemos muito sobre o mundo e vamos formando um modelo mental de como ele funciona e de como ele pode funcionar. O ideal é que esse modelo jamais pare de evoluir, já que podemos ir incorporando novas informações, novas experiências de vida e novos pontos de vista ao longo do caminho.

Porém, um fraco senso de identidade pode gerar um nível de insegurança tão alto que, a partir de determinado ponto, você jamais irá permitir que seus pontos de vista evoluam. Essa insegurança evita que você esteja disposto a questionar as suas próprias crenças e elas acabem se tornando crenças limitantes.

Já um forte senso de identidade o torna capaz de questionar essas crenças sem passar por uma grande crise de autoconfiança. Uma pessoa segura de quem ela é será capaz de buscar novas informações e de incorporá-las em seu sistema de crenças sem maiores problemas.

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10. Se compare apenas com você mesmo

Quem você realmente é? Qual versão de você mesmo você ainda pode se tornar?

Por fim, a sua identidade pode se perder quando você fica o tempo inteiro se comparando com outras pessoas. A única pessoa com quem verdadeiramente faz sentido você se comparar é você mesmo, o que permite que você visualize o quanto você evoluiu e quem é a pessoa que você está se tornando.

Não é que você precise imediatamente ter certeza absoluta de quem você é, mas sim que você precisa tomar cuidado para que as armadilhas citadas acima não impeçam que você vá gradualmente desenvolvendo o seu próprio senso de identidade.

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