Crítica: Clickbait
Clickbait, EUA, 2021
Netflix · Trailer · Filmow · IMDB · RottenTomatoes
★★★★☆
A trama central de Clickbait poderia facilmente ser resumida em um bom filme de duas horas de duração, mas a minissérie se justifica ao adotar uma abordagem que explora as ramificações do evento principal e absorve completamente o espectador. Cada um dos oito episódios é protagonizado por um personagem diferente, mostrando as diferentes perspectivas da história. Não é que os mesmos eventos sejam mostrados sob outros pontos de vista, mas sim que diferentes personagens fazem a trama avançar de acordo com suas próprias experiências. O resultado é um prato cheio para quem gosta de mistérios dramáticos como os da minissérie Mare of Easttown (crítica aqui) ou do filme Garota Exemplar.

Porém, uma vez que a investigação tem início, tudo o que a família e os amigos de Nick sabiam sobre ele começa a desmoronar. A vida alternativa que ele tem online é completamente diferente do Nick da vida real, afetando seriamente as pessoas mais próximas dele. Enquanto algumas duvidam de que tudo aquilo seja real, outras tentam simplesmente aceitar e seguir em frente. Em cada episódio, é possível não apenas conhecer cada um dos protagonistas mais a fundo, o que enriquece a trama, mas também ter uma ideia das consequências das ações do Nick da Internet sobre suas vidas.

Clickbait também é marcada por grandes e exageradas reviravoltas, inclusive no episódio final, que é contado sob o ponto de vista de um dos culpados. Os múltiplos pontos de vista também permitem que a minissérie explore outros temas, como luto, ética jornalística e saúde mental, garantindo que cada episódio se destaque com seu próprio drama. Essa abordagem permite que a história seja contada de uma forma mais completa e humana, com seus personagens sendo muito mais do que peças em um jogo de adivinhação.







