Crítica: Biohackers – 2ª Temporada
Biohackers – Season 2, Alemanha, 2021
Netflix · Trailer · Filmow · IMDB · RottenTomatoes
★★★☆☆
A segunda temporada de Biohackers supera a primeira graças a roteiros muito mais focados na história do que na exibição de novas tecnologias ou no desenvolvimento de triângulos amorosos. Esses elementos ainda estão presentes, mas não ocupam o espaço que é melhor dedicado a um mistério mais instigante e envolvente, que mergulha a protagonista Mia (Luna Wedler) em um pesadelo de paranoia e desconfiança. Dessa vez, a série se aproxima muito mais de um autêntico thriller tecnológico, nos moldes de Devs (resenha aqui) e de Condor (resenha aqui).

Apesar das novidades, esses novos episódios de Biohackers mostram que a série possui uma fórmula. Há mais traições em seu círculo pessoal, mais laboratórios secretos e mais MacGuffins que precisam ser recuperados da casa do vilão, que dessa vez é interpretado por Thomas Kretschmann. A Prof. Tanja Lorenz (Jessica Schwarz), vilã da primeira temporada, é obrigada a se tornar uma aliada de Mia, já que os interesses delas contra o personagem de Kretschmann passam a se alinhar.

A segunda temporada de Biohackers também se beneficia de um final mais contido e dramático, sem envolver complexas ações policiais (que na temporada anterior não foram tratadas com a devida seriedade) e focando em um confronto cheio de reviravoltas entre todos os envolvidos. Se os roteiros seguirem melhorando, a série tem potencial para se tornar um novo sucesso da Netflix. Resta saber se os realizadores têm inspiração o suficiente para ir mais na direção de séries como Orphan Black e menos no tipo de trama comum em telenovelas.







