12 Filmes Sobre Democracia e Autoritarismo


Aqueles que abrem mão de liberdades básicas para comprar um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade e nem segurança.
Benjamin Franklin

1. Um Homem Bom (2008)

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Professor de literatura na Alemanha dos anos 1930, Halder (Viggo Mortensen) é intimado a se afiliar ao Partido Nazista, que está no poder e procura avançar a carreira apenas de membros do partido. Apesar dos repetidos avisos de seu amigo judeu Maurice (Jason Isaacs), ele não vê maiores problemas no discurso nazista e acha que não é nada mais do que uma onda passageira. Quando ele percebe o erro que cometeu, já é tarde demais.

2. Perigo Real e Imediato (1994)

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Nessa aventura do analista da CIA Jack Ryan (Harrison Ford), o improvável herói se vê no fogo cruzado de uma guerra suja entre narcotraficantes e os mais altos escalões do poder americano. Determinado a proteger sua honra e a constituição de seu país, ele bate de frente com a própria Casa Branca, lidando com um presidente que acredita estar acima da lei.

3. Watchmen (2009)

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Baseado em uma das maiores graphic novels de todos os tempos, Watchmen conta a história de um decadente grupo de super-heróis que se vê forçado a voltar à ativa quando um deles é assassinado. A temática do filme gira em torno de um questionamento: quem vigia os vigilantes? Em outras palavras, quem pode garantir que pessoas mascaradas e seres super-poderosos irão seguir as leis e respeitar os direitos existentes em nossa sociedade? O mesmo questionamento é válido para poderosos grupos políticos e forças de segurança que passam a se considerar acima da lei e não se veem obrigados a respeitar as liberdades da população.

4. O Segredo dos Seus Olhos (2009)

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Durante a ditadura militar argentina, o agente de justiça Benjamin Esposíto (Ricardo Darín) tenta processar o principal suspeito por um brutal estupro seguido de homicídio. Porém, quando o suspeito passa a integrar as forças de segurança do governo e fica sob a proteção de um corrupto burocrata, as vidas de Esposíto e de seus colegas passam a correr perigo.

5. Morte ao Rei (2003)

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Morte ao Rei conta a história da Guerra Civil Inglesa sob o ponto de vista da relação e da rivalidade entre Oliver Cromwell (Tim Roth) e Thomas Fairfax (Dougray Scott). O conflito culmina com a execução do rei Carlos I (Rupert Everett). Apesar de um dos motivos para o início da rebelião ter sido o poder absolutista do rei, o próprio Cromwell acaba se tornando uma figura ditatorial: seu título de Lorde Protetor e seu apoio dentro do exército lhes dava essencialmente o mesmo poder absoluto.

6. A Morte de Stalin (2017)

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Esse filme satiriza a luta por poder depois da morte do temido ditador. Mesmo antes de Stalin dar o último suspiro, os outros membros do (simbólico) conselho que governa a União Soviética começam a tramar esquemas uns contra os outros, com o intuito de substituírem o ditador e caírem nas graças da população. Veja mais detalhe na crítica completa aqui.

7. O Último Rei da Escócia (2006)

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Fazendo trabalho humanitário na Uganda, o jovem doutor escocês Nicholas Garrigan (James McAvoy) cai nas graças do carismático e recém empossado ditador Idi Amin (Forest Whitaker). Garrigan acredita que Amin irá modernizar a sociedade e “libertar” o povo ugandês, mas ele rapidamente percebe as tendências paranoicas, homicidas e xenófobas do ditador, dando início a uma corrida para salvar a própria vida e daqueles com quem ele teve contato no país.

8. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)

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Nesse último capítulo da trilogia de Christopher Nolan, Batman/Bruce Wayne (Christian Bale) deve enfrentar uma ameaça existencial contra Gotham City. O vilão Bane (Tom Hardy) dá início a uma verdadeira revolução na cidade, prometendo libertar o povo da criminalidade e dos políticos corruptos, e devolvendo-lhes o controle sobre a própria vida. Entretanto, seu real objetivo é destruir as instituições que mantém a democracia e o estado de direito no município, para então executar o ataque final.

9. V de Vingança (2005)

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Quando o herói mascarado conhecido apenas como V (Hugo Weaving) inicia uma rebelião contra o Alto Chanceler (John Hurt) de uma Inglaterra distópica, seu objetivo não é apenas o de derrubar o governo. Ele pretende mostrar para a população que ela não precisa continuar obedecendo a um governo que promete segurança e proteção enquanto sistematicamente reprime seus direitos e liberdades mais básicos. Em outras palavras, ele combate não apenas a ditadura, mas também a vontade do povo de estar sob ela. Em suas palavras:

Houve um conjunto de problemas que conspirou para tirar a sua razão e corromper o seu bom senso. O medo tirou o melhor de vocês. E em seu pânico, vocês recorreram ao Alto Chanceler Adam Suttler. Ele prometeu ordem, ele prometeu paz, e tudo o que ele pediu de volta foi seu consentimento silencioso e obediente.

10. No (2012)

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Quando o ditador Augusto Pinochet, que até hoje responde por processos de corrupção, se viu obrigado a convocar um plebiscito exigido pela constituição chilena, o publicitário René Saavedra (Gael Garcia Bernal) se viu na posição de gerenciar a campanha contra o general. Com uma mensagem de otimismo e esperança, sua campanha ajudou na vitória do “Não”, definindo que o ditador não tinha o direito de concorrer a novo mandato.

11. A Praça Tahrir (2013)

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Em A Praça Tahrir é contada a história da Revolução Egípcia de 2011 e de seus desdobramentos. Depois de grandes protestos populares, o ditador Hosni Mubarak, então no poder há 30 anos, se vê forçado a renunciar. A eleição de 2012 foi vencida por Mohamed Morsi, que foi empossado em 30 de junho de 2012. Entretanto, depois que o presidente aumentou os próprios poderes e tentou convocar um plebiscito para aprovar uma constituição influenciada pela religião islâmica, novos protestos eclodiram.

Em nome dos manifestantes, os militares então interviram: derrubaram o governo de Morsi, cancelaram a constituição e convocaram novas eleições. Entretanto, a continuação dos protestos levou o exército a reprimir violentamente os manifestantes, resultando em 638 mortes e, nos meses seguintes, pelo menos 16.000 prisões e 529 condenações a pena de morte. Na prática, os manifestantes foram apenas uma massa de manobra que os militares usaram para chegar ao poder.

O chefe do exército, general Abdel Fattah el-Sisi, se candidatou a presidência e venceu a eleição com uma fantástica porcentagem de 96,9% dos votos, uma característica típica de governos ditatoriais disfarçados de democracia. O general consolidou então um culto à personalidade, com direito a fotos gigantes do líder penduradas do lado de fora de prédios governamentais e um tapete vermelho de vários quilômetros de comprimento para a passagem de sua comitiva.

12. Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom (2015)

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Nesse documentário, cujo título pode ser traduzido como “Inverno em Chamas: A Luta da Ucrânia pela Liberdade”, vemos os protestos que resultaram na Revolução Ucraniana de 2014. Uma repentina mudança em uma política de governo, que ia se aproximar da União Europeia mas de repente se voltou para o governo russo, deu origem ao massivo protesto de estudantes.

A violenta repressão policial apenas fez com que os manifestantes se organizassem melhor, criando um impressionante campo de batalha. Em determinado ponto, misteriosos atiradores de elite, provavelmente vindos das forças de segurança do país, começaram a atirar nos rebelados, chegando a matar mais de 50 deles em um único dia.

O presidente foi então destituído e um novo governo foi instalado, muito para o desgosto dos russos. Todo o processo foi permeado por uma complexa rede de influências, envolvendo não apenas a União Europeia, mas também os EUA, a Rússia e partidos de extrema-direita. Uma das principais consequências desse processo foi a invasão e ocupação russa do território ucraniano da Crimeia.

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