Crítica: Como Virei Super-Herói
Comment je suis devenu super-héros, França/Bélgica, 2020
Filme é mais uma mediana produção sobre super-heróis dentre as várias outras lançadas pela Netflix
★★★☆☆
Com o francês Como Virei Super-Herói, a Netflix adiciona mais um item ao seu catálogo de produções medianas inspiradas no mundo dos quadrinhos. A premissa é semelhante à do americano Power (crítica aqui), enquanto a narrativa lembra muito mais o espanhol Origens Secretas (crítica aqui). Porém, nenhum dos três filmes chega ao mesmo nível que a série O Legado de Júpiter (crítica aqui), que deveria ser um novo sucesso de crítica e de público, mas que já foi cancelada pela plataforma depois de apenas uma temporada. Talvez seja o caso da plataforma dar um descanso ao gênero, mas o mais provável é que ela vai continuar tentando até acertar.

O detetive da vez é Gary Moreau (Pio Marmaï), policial de Paris que é responsável pelos casos envolvendo os super-poderosos. Já o “novo parceiro” é a tenente Cécile Schaltzmann (Vimala Pons), que tem dificuldades para lidar com o jeito excêntrico de Moreau. Juntos, eles precisam investigar uma série de ataques relacionados com uma droga que dá super-poderes aos usuários, que é o aspecto que aproxima o filme da trama de Power. Moreau e Schaltzmann também contam com a ajuda dos ex-super-heróis Monte Carlo (Benoît Poelvoorde) e Callista (Leïla Bekhti), que estão ligados ao passado do detetive.

Como Virei Super-Herói é mais um filme da Netflix que é bom o suficiente para passar o tempo e descansar a mente. Por mais que não apresente nada tematicamente ou visualmente inovador, os fãs de super-heróis podem ao menos apreciar a boa tentativa. O desafio agora é continuar nessa linha sem torná-la insuportavelmente repetitiva, o que pode acontecer mais cedo do que se imagina.







