Top 10 Infinitividades: Filmes Românticos


Em ordem cronológica, esses são alguns dos melhores filmes românticos de acordo com o Blog Infinitividades. Preste atenção também nos filmes indicados no texto descritivo de cada uma das posições.

Ao clicar ou posicionar o ponteiro do mouse sobre os título de filmes (que estão sublinhados), é possível ter acesso ao trailer e outras informações da produção.

1. Casablanca (1942)

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Com um roteiro que permanece afiadíssimo até hoje, Casablanca é uma presença tão previsível quanto inevitável em uma lista de melhores filmes românticos de todos os tempos. O espectador pode reconhecer nele elementos que foram usados em romances ao longo das últimas sete décadas (e que já se tornaram clichês), mas também pode encontrar um ou outro aspecto que jamais foi imitado com sucesso.

2. Vestígios do Dia (1993)

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A narrativa conta a história do mordomo Stevens (Anthony Hopkins), um servo leal e impassível de uma casa nobre da Inglaterra dos anos 1930. Ele enxerga o mundo sob o ponto de vista de seu estrito e inabalável código de ética profissional, encontrando honra e dignidade em sua tradicional profissão. Cego por essa visão, ele ignora não apenas as ingênuas tendências nazistas de seu empregador como também os sentimentos que uma colega, a governanta Sarah Keaton (Emma Thompson), nutre por ele.

É difícil colocar Vestígios do Dia em uma lista como essa, pois, apesar de estarem presentes, os elementos de um verdadeiro romance jamais se concretizam. Essa é uma história sóbria e madura sobre sentimentos jamais externalizados e oportunidades para sempre perdidas.

Stevens lembra um pouco o protagonista de Amor Sem Escalas, um profissional que defende o minimalismo tanto em suas possessões quanto em suas relações. Isso dura até o momento em que alguém especial entra em sua vida.

3. Antes do Amanhecer (1995)

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Antes do Amanhecer é o primeiro filme de uma trilogia que também é obrigatória em uma lista como essa. Ao longo dos três filmes (os outros dois são Antes do Pôr-do-Sol e Antes da Meia-Noite), acompanhamos as várias fases da história de amor entre Jesse (Ethan Hawke) e Céline (Julie Delpy).

Em Antes do Amanhecer, eles se conhecem enquanto viajam pela Europa e acham que jamais irão se ver novamente. Porém, o reencontro acontece dez anos depois em Antes do Pôr-do-Sol, no qual a dupla tem uma tarde para por a conversa em dia enquanto caminha pelas ruas de Paris. O inevitável acontece e os vemos novamente dez anos depois, em Antes da Meia-Noite, no qual já estão casados e passando férias na Grécia com suas filhas gêmeas.

4. Grandes Esperanças (1998)

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Continuamos com Hawke nessa modernização do clássico de Charles Dickens. O roteirista Mitch Glazer e o diretor Alfonso Cuarón trazem a história para uma colorida e vibrante década de 1990, renomeando o protagonista para Finn Bell (Ethan Hawke) e focando em sua paixão por uma amiga de infância, a bela e insensível Estella (Gwyneth Paltrow). Essa adaptação está longe de ser fiel, mas é muito mais empolgante e energética que as várias outras oriundas dessa obra de Dickens, além de ter atingido um status quase cult entre parte do público.

Hawke interpreta um personagem que passa por situações semelhantes em Neve Sobre os Cedros. Em uma pequena ilha americana, o jornalista Ishmael Chambers (Hawke) precisa cobrir um caso de assassinato no qual o acusado é o marido de Hatsue Miyamoto (Youki Kudoh), um antigo amor de sua juventude cuja rejeição ainda marca sua personalidade. O filme lida com temas como ética jornalística e preconceito contra descendentes de japoneses na América do pós-guerra, enquanto tenta dar a Chambers uma resolução para os sentimentos que ainda nutre por Hatsue.

5. Embriagado de Amor (2002)

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A sinopse desse clássico cult do diretor Paul Thomas Anderson diz:

Um psicologicamente perturbado fornecedor de produtos inovadores (Adam Sandler) é empurrado para um romance com uma mulher inglesa (Emily Watson) enquanto é extorquido por uma linha de sexo por telefone gerenciada por um vigarista vendedor de colchões (Philip Seymour Hoffman), e enquanto compra quantidades absurdas de pudim.

Isso dá uma ideia básica da loucura que é Embriagado de Amor, que também é representada no intenso e atordoante estilo narrativo adotado pelo diretor. Dentre os filmes nessa lista, talvez esse seja o que tenha o final mais merecidamente feliz.

6. Desejo e Reparação (2007)

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Adaptado do romance de Ian McEwan, essa trágica história de amor, inocência e arrependimento é elevada por cinematografia e direção hipnotizantes, além das ótimas atuações de Keira Knightley e James McAvoy.

Ao acusar o interesse amoroso (McAvoy) de sua irmã mais velha (Knightley) de um crime que ele não cometeu, a pequena Briony (Saoirse Ronan) altera para sempre os rumos da vida do casal e de outros envolvidos nesses acontecimentos.

Apesar de ser mais sério, esse romance de época possui uma atmosfera semelhante a de adaptações de obras da autora Jane Austen, como Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade, e deve agradar os fãs desse popular sub-gênero.

7. O Leitor (2008)

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Em O Leitor, Michael Berg (David Kross/Ralph Fiennes) precisa lidar com o fato de que Hanna Schmitz (Kate Winslet), a mulher mais velha com quem ele teve um tórrido caso de amor durante a adolescência, é uma criminosa de guerra nazista indiretamente responsável pela morte de dezenas de pessoas.

A história é uma parábola sobre como as pessoas que não testemunharam o Holocausto lidam com esse acontecimento e acaba refletindo parte das ideias de Hannah Arendt sobre a banalidade do mal. Esse é um dos filmes que melhor representam o conflito entre sentimentos românticos e a realidade do mundo que nos cerca.

Apesar de Winslet e Kross dominarem a tela, Fiennes também se destaca nesse belo e reflexivo romance, gênero que é uma das especialidades do ator. Ele está no ápice de sua forma em filmes como O Paciente Inglês, O Jardineiro Fiel e Fim de Caso.

8. 500 Dias com Ela (2009)

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500 Dias com Ela conta uma divertida história sobre uma paixão cega e um coração partido. É compreensível se ao final da projeção o espectador estiver odiando Summer (Zooey Deschanel) pela forma como ela conduziu e terminou o curto relacionamento que teve com Tom (Joseph Gordon-Levitt), deixando-o devastado. Porém, o desenrolar da história deixa claro que foi Tom quem construiu toda uma fantasia de amor e felicidade eternos sobre um alicerce de incerteza e ambiguidade.

Também é compreensível como, no auge de sua paixão, Tom tenha se deixado levar por essas fantasias, mas isso não quer dizer que ele pode responsabilizar Summer por elas. Ao enxergar em Summer apenas aquilo o que queria ver, pode-se dizer que Tom estava apaixonado pela imagem que ele tinha dela, e não pela Summer real.

9. Carol (2015)

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Baseado na obra The Price of Salt da autora Patricia Highsmith (cujas obras já foram adaptadas para filmes como O Talentoso Ripley e As Duas Faces de Janeiro), Carol se destaca por seu aspecto semi-biográfico. Nele, é possível ver não apenas os eventos reais adaptados para a ficção, mas também como eles tomam forma a partir das fantasias da autora.

Se a Carol interpretada por Cate Blanchett parece ser uma fantasia de mulher estilosa e elegante, é porque ela o é. Segundo a própria Highsmith, a inspiração para a personagem nasceu de um rápido atendimento quando ela ainda trabalhava em uma loja de departamentos:

Talvez eu a notei porque ela estava sozinha, ou porque um casaco de pele era uma raridade, e porque ela era loira e parecia emitir luz. Com o mesmo ar pensativo, ela comprou uma boneca, uma das duas ou três que mostrei para ela, e escrevi seu nome e endereço no recibo, pois a boneca era pra ser entregue em uma propriedade adjacente. Foi uma transação rotineira, a mulher pagou e saiu. Mas eu me senti estranha e com a cabeça leve, quase desmaiando, mas ainda assim animada, como se tivesse tido uma visão.

A autora completou a personagem com traços e eventos das vidas de duas mulheres com quem ela se relacionou romanticamente. Já Therese (Rooney Mara), foi completamente baseada na própria Highsmith, podendo ser considerada um alter ego.

10. Trama Fantasma (2017)

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Com Trama Fantasma, o diretor Paul Thomas Anderson e o ator Daniel Day-Lewis (que participou ativamente do processo criativo) tentam explorar o quão estranha pode ser a intimidade de uma casal. “Não é possível imaginar uma estranheza mais estranha do que as vidas de pessoas aparentemente normais por trás de portas fechadas”, disse o ator nessa entrevista.

Já escrevi um pouco aqui sobre o estranho equilíbrio que os protagonistas Reynolds (Day-Lewis) e Alma (Vicky Krieps) encontram em sua intimidade. Um filme que explora de forma mais aberta essas questões e como elas começaram a ser estudadas é a ficção histórica Um Método Perigoso, que apresenta uma visão ficcional sobre o relacionamento entre Sigmund Freud (Viggo Mortensen), Carl Gustav Jung (Michael Fassbender) e Sabina Spielrein (Keira Knightley).

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