Os 10 Melhores Filmes que Assisti em 2018


Além dos melhores de 2018 que postei no Top 10 Infinitividades, seguem mais 10 ótimos filmes que assisti em 2018.

10. A Grande Jogada (2017)

Trailer · Filmow · IMDB · RottenTomatoes

A Grande Jogada é adaptado da auto-biografia de Molly Bloom (Jessica Chastain), uma operadora de jogos de pôquer de alto padrão que acabou na mira do FBI. Os altíssimos valores das apostas atraiam grandes estrelas de Hollywood, como Ben Affleck, Leonardo DiCaprio e Tobey Maguire. Uma das estrelas (interpretada por Michael Cera no filme) dificulta sua vida em Los Angeles, forçando-a a levar seu negócio para Nova York, onde acaba atraindo a atenção da máfia russa e, consequentemente, das autoridades.

O caso de Bloom foi mais complicado do que o necessário porque ela se recusou a revelar no processo os nomes dos envolvidos em suas noites de jogatina, apesar de alguns dos nomes já serem de conhecidos. Por exemplo, já é de conhecimento público que o ator misterioso interpretado por Michael Cera se trata de Tobey Maguire, que para muitos ainda é o rosto do bonzinho Peter Parker.

Com um roteiro afiado e ótimas atuações de Chastain e Idris Elba (que interpreta o advogado de Bloom), A Grande Jogada deve agradar quem gosta de tramas adultas e de fortes protagonistas femininas. A narrativa não chega a alçar grandes voos, mas apresenta uma história real muito interessante e muito bem contada.

9. Buscando… (2018)

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Depois que sua filha (Michelle La) desaparece, um pai (John Cho) vasculha seu computador e perfis em mídias sociais tentando encontrar pistas de onde ela está, apenas para descobrir que não conhece sua filha tão bem quanto imaginava. Cheio de reviravoltas, o filme é inteiramente mostrado do ponto de vista das telas de computadores, celulares e televisões, proporcionando uma nova experiência cinematográfica enquanto o pai tenta entrar em contato com conhecidos e colaborar com a detetive (Debra Messing) responsável pelo caso.

8. Culpa (2018)

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Nesse thriller dinamarquês, um policial (Jakob Cedergren) que está trabalhando provisoriamente na central de emergências recebe uma ligação de uma mulher (Jessica Dinnage) que acaba de ser sequestrada. Enquanto ela finge falar com a filha (Katinka Evers-Jahnsen), o policial tenta colher o máximo possível de informações para salvá-la antes que o pior aconteça.

O filme se passa inteiramente na sala de atendimento de chamadas de emergência, o que faz com que o espectador tenha o mesmo ponto de vista que o protagonista: por mais que a ação ocorra em vários ambientes, é possível apenas escutar o que está acontecendo. Ao deixar para o espectador a tarefa de imaginar a ação em si, a experiência se torna altamente imersiva, o que apenas aumenta o impacto de reviravoltas chocantes que ocorrem durante a narrativa.

7. Garotos Choram (2018)

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Esse drama italiano conta a história de dois adolescentes pobres que aproveitam uma oportunidade em uma organização mafiosa para transformar as próprias vidas e de suas famílias. Diante da nova realidade, eles veem seus sonhos de dinheiro, poder e mulheres começarem a se materializar, deixando para trás a melhor perspectiva que tinham anteriormente: a de se tornarem bartenders.

Porém, enquanto eles se veem como figuras em ascensão na organização criminosa, os chefões os veem como dois “moleques” tão loucos quanto descartáveis, repetindo uma história que ocorre em muitos bairros periféricos de muitos lugares do mundo.

6. Eu, Tonya (2017)

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Mais do que sobre o incidente que tornou Tonya Harding uma figura controversa no esporte, Eu, Tonya é sobre o ciclo de abuso no qual a patinadora artística viveu até se envolver numa série de eventos que colocaria fim a sua carreira. Com uma abordagem quase documental e uma dramatização que nem sempre respeita a quarta parede, o roteirista Steven Rogers e o diretor Craig Gillespie conseguem navegar o emaranhado de versões alternativas dado pelos envolvidos e pintam um retrato crível da vida da atleta. Leia mais…

5. A Balada de Buster Scruggs (2018)

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As seis histórias sobre vida, morte, violência e sofrimento contadas em A Balada de Buster Scruggs representam um perfeito reflexo da cinematografia dos diretores Joel e Ethan Coen. A comédia e a melancolia são equilibradas com uma precisão que eles parecem ter aperfeiçoado ao longo do tempo, e da qual o humor negro parece emergir naturalmente.

A grande inspiração da dupla continua sendo o folclore dos EUA, cujos elementos eles também incorporaram em obras como Onde os Fracos Não Tem Vez e Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum. Dessa vez, o próprio formato da narrativa lembra as histórias contadas pelo americano comum desde o tempo das diligências.

4. Trama Fantasma (2017)

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[ Trama Fantasma é] uma obra completa, que consegue atingir cada um dos objetivos que pretendia alcançar. O diretor Paul Thomas Anderson consegue mais uma vez realizar um envolvente e hipnotizante estudo de personagem enquanto explora alguns dos cantos mais sombrios da alma humana. E ele faz isso imerso em uma atmosfera de beleza e esplendor que poucos diretores poderiam colocar na tela. Apenas o tempo dirá com certeza, mas o que temos aqui é, provavelmente, um novo clássico. Leia mais…

3. O Sacrifício do Cervo Sagrado (2017)

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A família de um médico (Colin Farrell) começa a desenvolver uma misteriosa doença, que de alguma forma é causada pelo filho (Barry Keoghan) de um paciente que ele perdeu na mesa de operação. O garoto exige que o médico mate um dos membros da própria família para que ele reverta o processo (daí a inspiração do título na mitologia de Ifigénia), caso contrário sua esposa e os dois filhos irão morrer em questão de dias.

Alguns elementos fazem de O Sacrifício do Cervo Sagrado uma trama assombrosa: o clima sombrio que permeia toda a projeção, reforçado pela forma seca e sem emoção com a qual as falas são emitidas pelos atores; a atuação de Keoghan, que compõe um personagem detalhado e estranho a ponto de deixar o espectador tão incomodado quanto hipnotizado com sua presença de tela; o mistério que cerca a natureza da doença e como o garoto a transmitiu, o que só pode ser explicado de forma sobrenatural ou, passando-se a Navalha de Occam, de forma perturbadoramente simples.

Independente do espectador gostar ou não, essa é uma obra difícil de ser esquecida. Seus dois trailers (aqui e aqui) já dão uma ótima ideia do que esperar.

2. Sombras da Vida (2017)

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Sombras da Vida é o tipo de filme que deve ser assistido quando o espectador está mais interessado em um jornada filosófica e emocional do em “assistir a um filme”. Depois que um jovem homem (Casey Affleck) morre em um acidente automobilístico, a narrativa acompanha a trajetória de seu fantasma ao longo do espaço e do tempo até que finalmente ele seja “liberado” do nosso plano existencial.

Tratando de temas como amor, luto e, principalmente, a passagem do tempo, a história é contada sob o ponto de vista do fantasma (o que lembra o ótimo terror I Am a Ghost) enquanto ele vê sua viúva (Rooney Mara) em luto e, posteriormente, os novos habitantes do que antes era o lar do jovem casal.

Sombras da Vida oferece uma experiência cinematográfica que leva o espectador a refletir sobre o passado, sobre o futuro e sobre cada momento que temos com nossos entes queridos e o quão importante é aproveitá-los.

1. Thunder Road (2018)

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O falecimento de sua mãe desestabiliza um policial (Jim Cummings, que também escreveu e dirigiu o filme) de uma pequena cidade justamente no momento em que ele está lutando pela guarda compartilhada de sua filha (Kendal Farr). A perda traz à tona todos os arrependimentos que ele carrega graças aos erros cometidos enquanto jovem, rebelde e disléxico. Os pesos das oportunidades perdidas, dos sentimentos jamais manifestados e das conexões jamais estabelecidas caem como pedras quando ele percebe que jamais poderá voltar atrás nas palavras cruéis que disse ou reparar os danos que causou enquanto tolo e descontrolado.

A performance visceral, sincera e comovente de Cummings é o carro chefe dessa obra-prima. O que se vê na tela é o cômico desespero de um homem quebrado pelas consequências das escolhas que fez ao longo de sua vida. A comédia e o drama não estão meramente equilibrados, mas sim fundidos em momentos de partir o coração e que, ainda assim, causam riso no espectador.

O título vem de uma canção de Bruce Springsteen que o protagonista tenta, sem sucesso, usar na eulógia para sua mãe.

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